O Ambulatório de Patologia do Trato Genital Inferior do Hmib realizou 600 procedimentos cirúrgicos em mulheres com lesões de alto grau no colo do útero, impedindo a progressão para um câncer.
No ambulatório a cirurgia é de alta frequência, realizada com um bisturi elétrico, que permite a remoção da lesão no próprio consultório – o que, em alguns hospitais, só é feito no centro cirúrgico. A unidade trabalha com esse método desde agosto de 2012.
A médica fundadora do ambulatório, Isabella Paolilo Calazans, em entrevista a Agência Brasília, explica que o procedimento é de baixo risco, prático, rápido e indolor. Além disso, a paciente não precisa ser internada após a cirurgia.
Segundo a médica, são raros os casos em que não se consegue retirar totalmente a lesão. Depois que o procedimento é realizado, o período de recuperação também é rápido.
Após a cirurgia, as pacientes precisam fazer, anualmente, o acompanhamento no Serviço de Patologia Cervical e Cirurgia de Alta Frequência do Hmib para verificar sua situação.
Quando é preciso fazer o procedimento?
Devem submeter-se aos procedimentos apenas as pacientes que apresentaram alterações no exame de prevenção, mais conhecido como Papanicolau. Normalmente, as lesões precursoras de câncer são manchas esbranquiçadas presentes no colo do útero.
Pacientes com idade entre 25 e 64 anos precisam fazer o Papanicolau, ou colpocitologia oncológica. O exame é realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), para coletar as células da região do colo uterino e identificar infecções vaginais ou sexualmente transmissíveis e, principalmente, as lesões precursoras de câncer de colo uterino, que, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), é o terceiro tumor mais frequente na população feminina.
Em todo o Brasil, é esperada, anualmente, uma incidência de 16.370 casos novos da doença. No Distrito Federal, cerca de 670 casos novos foram registrados em 2018, com 76 óbitos.