O Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), na 607 Sul, suspendeu as aulas na segunda-feira (29/04) e nesta terça-feira (30) após cinco alunos contraírem caxumba em uma turma de graduação. Os estudantes foram afastados e as aulas canceladas, “para segurança dos demais alunos”.
O IDP informou, por meio de nota, que cinco alunos da mesma sala tiveram o diagnóstico da doença. “Estamos tomando as cabíveis providências, pois nosso objetivo primordial é continuar zelando pelo bem-estar dos nossos alunos”, esclareceu o documento. O instituto reforçou ainda que a medida foi em caráter preventivo.
Ainda segundo o IDP, o centro de ensino procurou a Secretaria de Saúde do Distrito Federal para orientação a respeito das medidas que devem ser tomadas.
No início deste mês, situação semelhante ocorreu na Caixa Econômica Federal. Uma agência do banco na Asa Norte teve que suspender as atividades após registrar 12 funcionários com a confirmação de contaminação.
Aumento de caxumba no DF
O Distrito Federal vive um aumento de casos de caxumba em 2019. No ano passado, a Secretaria de Saúde registrou 762 ocorrências da doença, uma média de 63,5 casos por mês. Já este ano, 457 pessoas já foram diagnosticadas, cerca de 114 por mês, segundo dados até o último dia 27 de abril. Os números impressionam: o crescimento na média mensal é de 80%.
A caxumba (paroditite infecciosa) é uma doença viral aguda, de transmissão respiratória. O contágio se dá por meio do contato com gotículas de salivas de pessoas infectadas.
Na maioria das vezes, a doença produz sintomas discretos ou que nem mesmo aparecem. As manifestações mais comuns, quando ocorrem, são febre, calafrios, dores de cabeça, musculares, ao mastigar ou engolir, além de fraqueza. Uma das principais características da caxumba é o aumento das glândulas salivares próximas aos ouvidos, que fazem o rosto inchar.
A incubação da doença varia de 12 a 25 dias, sendo, em média, 16 a 18 dias o período de transmissão. Em caso de surto, os pacientes precisam ficar isolados e deve ser avaliada a caderneta de vacinação de todos que tiveram contato com eles.
Por não existir tratamento específico para a doença, a melhor forma de combate continua sendo a vacinação dada na infância. Na rede pública de saúde, a vacina tríplice viral (caxumba, sarampo e rubéola), aplicada aos 12 meses de vida, e o tetra viral (caxumba, sarampo, rubéola e varicela), aplicada aos 15 meses de vida, protegem contra a doença.
A imunização está disponível, ao longo de todo o ano, nas salas de vacina das Unidades Básicas de Saúde.