A educação inclusiva e a educação integral faziam parte da Subsecretaria de Educação Básica (Subeb), mas, agora, terão uma atenção especial, pela importância dos temas e pela necessidade de desenvolvê-los com mais afinco dentro da rede pública de ensino do DF. A medida faz parte de uma nova estrutura da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) que deseja melhorar o atendimento prestado a comunidade escolar da rede pública de ensino do DF.
Agora, a Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin) contará com duas coordenações distintas: a Coordenação de Educação Inclusiva e a Coordenação de Educação Especial. Dessa forma, cada uma delas ficará responsável por solucionar os principais desafios para oferecer educação integral de qualidade, contribuindo para a formação profissional e de vida do estudante, e educação inclusiva, atendendo com qualidade todos os alunos com deficiência. O objetivo é contribuir para o desenvolvimento deles, a fim de sejam integrados à sociedade e adquiram independência pessoal.
Na antiga estrutura, a educação inclusiva era gerida por uma diretoria específica e a questão da educação integral ficava a cargo de pessoas dispersas em diretorias diferentes. Os dois assuntos eram de responsabilidade da Subsecretaria de Educação Básica. Ou seja, não havia dentro da SEEDF uma área que tratasse desses dois assuntos.
Agora, por meio dessa nova estrutura o governo quer dar foco na inclusão e na formação de vida dos estudantes por meio da educação integral. A Secretaria deve oferecer ensino em tempo integral em pelo menos 60% das escolas, atendendo 33% dos estudantes da rede até 2024.
A nova subsecretária, a psicóloga Vera Lúcia Ribeiro de Barros explica que “a educação integral não é apenas uma atividade da qual o estudante participa no contra turno das aulas para simplesmente ocupar o tempo. Ela consiste em diretrizes educacionais para os alunos e na formação e aptidão de professores. Dessa maneira, são definidos critérios para utilização dos espaços da escola a fim de envolver estudantes e comunidade escolar no sentido de mudar a perspectiva de aprendizagem.”
Ela ainda afirma: “O intuito é formar integralmente os alunos, com metodologias ativas, habilidades socioemocionais e protagonismo juvenil, fazendo com que ele seja ator e responsável pela própria aprendizagem, evitando o conteúdo pelo conteúdo. Assim, o estudante passa a ser protagonista de todas as ações da escola, integrando-se e fazendo parte do contexto da unidade, além de impulsionar novas ações. Isso previne o abandono escolar, problemas de relacionamento dentro da escola e até mesmo o adoecimento dos professores”.